terça-feira, 9 de agosto de 2011

AMÉRICA PRE-COLOMBIANA



OS MAIAS
Segundo a opinião de especialistas, a civilização maia foi a mais requintada das civilizações pré-colombianas. Sua área correspondia a toda a Península de Yucatán, prolongando-se para o Sul até atingir o Oceano Pacífico, em regiões que hoje correspondem ao sul do México e Guatemala.
Sua civilização caracterizou-se pela formação de cidades-estados, independentes entre si, desenvolvidos a partir de centros cerimoniais, assemelhando-se às cidades-estados gregas. Suas cidades mais importantes eram Palenque, Tikal e Copán.
A cidade-estado maia era a base de sua civilização, e em cada uma delas existia uma autoridade suprema exercida pelo Halac-Unic, um rei com características divinas. O governo era exercido pelo monarca e vários auxiliares. A monarquia era hereditária e tinha forte conotação religiosa.
A base da economia maia era a agricultura, desenvolvida através de técnicas rudimentares e tendo o milho como a principal cultura. A parcela mais numerosa da população constituía-se de trabalhadores agrícolas, e quando a mão de obra ficava disponível, era utilizada na construção de obras públicas, templos, etc.
Dentre as realizações culturais pode-se citar o uso de um sistema vigesimal e foram um dos dois únicos povos a conhecer o uso do zero. Construíram um calendário altamente preciso, graças ao amplo conhecimento de astronomia e adotaram a escrita hieroglífica.

OS INCAS

Os incas formaram um vasto império que ocupava a região que hoje corresponde à Bolívia, Peru, Equador, parte do Chile chegando até a Argentina, sendo o mais extenso império pré-colombiano.
No início de sua civilização, organizavam-se em tribos que formavam uma confederação no Vale do Cuzco, porém as disputas com os vizinhos levaram a fase expansionista do império.
A fim de manter domínio sobre os povos conquistados, os incas desenvolveram um eficiente sistema de comunicação, que consistia na construção de uma rede de estradas e na manutenção de postos de informações que eram percorridos por vários mensageiros.
A exploração das províncias (ayllus) era feita através do trabalho familiar. Em troca de um lote de terras para cultivo, a família era obrigada a trabalhar nas terras do Kuraka que era o chefe local, bem como também estavam sujeitos a corvéia ou mita ao Inca (imperador), que poderia ser cobrada nos mais diversos serviços: construção de estradas, edifícios públicos, serviços militares ou tarefas agropastoris.
Quando morria o Inca, a sucessão imperial era disputada pelos nobres que lutavam entre si.
O sistema de pagamento de impostos retirava dos trabalhadores uma parcela excessiva de alimentos que deveriam ser para o seu sustento próprio. Aliada à esta exploração, a dominação política exercida pelo Inca e por seus exércitos provocava freqüentes rebeliões nos povos dominados. A repressão de tais rebeliões, entretanto era imediata, incluindo como forma de castigo, a remoção das comunidades para outros locais no império.

OS ASTECAS

Os astecas criaram uma civilização com fortes traços urbanos. A capital, Tenochtitlán, possuía uma vida urbana muito movimentada, um ativo centro de comércio, inúmeras construções que abrigavam a administração pública e vários templos e pirâmides, dedicados aos inúmeros deuses cultuados.
Sua extensão ia da atual Guatemala até o México e do Oceano Pacífico até o Golfo do México.
O controle das regiões dominadas era feito através de uma poderosa força militar que garantia a submissão dos povos conquistados e o pagamento de impostos ao imperador asteca. Logo, os governantes acumularam grandes tesouros, que aumentaram a cobiça dos espanhóis.
O governo era exercido por um monarca (Tlatoani), eleito pelos membros das camadas dominantes (militares, altos funcionários da administração pública e sacerdotes). Após a eleição o rei tinha seu poder sancionado pelos sacerdotes, conferindo a este um caráter divino.
A população pobre era formada principalmente pelos trabalhadores agrícolas que tinham o direito de explorar um lote de terra com o compromisso de pagar tributos ao Estado. As crianças tinham escola e havia a possibilidade de ascensão social para os que quisessem entrar para o exército ou para o clero.
Os astecas desenvolveram um sistema de cultivo em plataformas, denominadas chinampas, bem como utilizavam diques e canais para controlar as águas. Praticavam a escravidão, porém esta era de caráter temporário (na maioria das vezes), atingindo os prisioneiros de guerra ou os endividados até que se pagasse a dívida. Os filhos dos escravos eram livres.
A intensa atividade urbana foi responsável pela constituição de uma camada média na população formada por comerciantes, artesãos e funcionários públicos.
A mitologia asteca previa o retorno dos deuses à Terra, justificando a sua ausência de luta a princípio contra os espanhóis, confundidos com divindades. Para os astecas era iminente a destruição do mundo, portanto para aplacar a ira divina seriam necessários sacrifícios humanos constantes, sendo a guerra o principal meio para obter vítimas para tais sacrifícios aos deuses. Assim a religião e a guerra estavam intimamente ligadas. Entretanto, a guerra trazia outras conseqüências, como a anexação de novos territórios e pagamentos de tributos dos povos vencidos.
O tlatoani cobrava impostos e requisitava trabalhos gratuitos, porém era também obrigado a distribuir presentes entre os súditos em determinada época do ano, ou seja, devolvia a estes parte do que arrecadava, bem como os socorria em caso de calamidade.

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