terça-feira, 9 de agosto de 2011

POVOS AFRICANOS PRÉ-COLONIZAÇÃO



O continente africano era dividido basicamente em duas áreas principais: Uma compreendia a região desértica onde vivia uma população de pele clara, chamados de LÍBIOS pelos antigos gregos. Ao sul das regiões desérticas, situa-se a “África negra”, onde viviam os povos chamados de ETÍOPES (rostos queimados).
Com a invasão dos povos árabes ao continente, os líbios foram designados de Barbar ou Berberes, em português. Entre os berberes haviam agricultores sedentários que viviam nos oásis e pastores nômades. Os antigos romanos chamavam tais povos de Mauru que originou a designação Mouros que passou a ser utilizada como sinônimo de muçulmanos. No ínicio do século XVI, os portugueses diziam que os berberes eram “mouros lavradores”.
Na região subsaariana estende-se uma faixa de território semi-árido chamada de SAHEL. Ao Sul do Sahel dominam as savanas e logo depois as florestas tropicais e subtropicais. À região Subsaariana denominou-se “Terra de Negros”, dividindo-se em Sudão a região das savanas e Guiné à das florestas.
Os Bantos viviam ao Sul da Guiné, porém o termo banto refere-se a uma língua que originou diversas outras, ou seja, uma unidade cultural e não racial, correspondendo a grupos humanos fisicamente muito diversos.
Os negros ocuparam toda a região subsaariana, enquanto o norte permaneceu ocupado pelos berberes, de pele clara. A partir do século VII, os árabes beduínos invadiram o norte da África, onde converteram a maioria dos berberes ao Islamismo. O domínio árabe intensificou as ligações comerciais entre o norte e o Sudão. O sal, o ouro e os escravos eram os principais artigos desde comércio.
O Sal era um produto de primeira necessidade no Sudão e extraído das salinas existentes do deserto do Saara, das quais a principal era a Salina de Tegaza. Caravanas de mercadores carregavam o sal em forma de barras para o Sudão trocando-o por ouro, cereais e escravos. Marrakesh, Fez, Ceuta, Tânger e Tunis eram os pontos terminais das rotas transaarianas, freqüentados por judeus e genoveses, entre outros.
A escravidão na África já era conhecida há tempos remotos, porém tratava-se de escravidão doméstica, para serviços caseiros e de pequena escala. Com a chegada dos árabes é que se introduziu a procura maciça de escravos, sendo os sudaneses os favoritos.

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